segunda-feira, 5 de abril de 2010

Subjetiva alma

Com o peso dos pés
caminho entre os gigantes;
ouço o tilintar de prédios,
as ondas da nuvem negra que se aproxima.
Aos poucos,
quadrípedes-bípedes,
cabeças baixas e dentes cerrados.
Estrondoso barulho urbano...
Ninguém viu que ali... sim,
bem ali,
algo morreu;
encontrou paz
e parou para ver do alto.
Como era prodigioso!
Seu coração brilhou
e naquele instante
saiu em busca do perdido...
Quando se voltou
já estava ali, de novo.
Lata de rodas,
circulando entre gigantes,
ainda mais gigantes.
Vida moderna.
Disposta e exposta
à vida mediana.


Angela K. Toth

Dia D


Por trás do beijo,
reluz.
Por trás do cano preto,
a explosão,
luz.


Angela K. Toth