domingo, 18 de outubro de 2009

No muro

Siga a sigla.
Vestígios para a eternidade.
São formas, línguas, ética imoral.
As texturas sonoras
- um suspiro eterno -
na parte do mundo
em que o mundo se esconde.
Flor desabrocha,
suga a vida interior e,
ao muro, ouvem-se
canções de um qualquer
perdido por aí.
Consumado por sua voz,
cego por conclusões,
agita-se algo.
Acompanhado, aprendo, porém, a
ser só.
Amargo é o doce da vida.
Vestígios e ruínas: restos da vida.
O racionalismo, o consumo,
o tempo contado,
faz ver o relativo, não o todo.
E o tempo todo conto,
com quanto tempo tenho
para contar o tempo que me resta.
E em mim células, órgãos e mistérios.
Infinito insano a ser descoberto,
enquanto ando só,
contando tempo,
marcando hora, perdendo
meu tempo.
Semiótica, loucuras pisicológicas,
que estuda-se para jogar.
O jogo da vida insana
- suspiro -.
São murmúrios de um qualquer,
por aí.
No muro,
aí.

Angela K. Toth

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