quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Às 17h, sofá, chá e esperando.

Esperou por alguns segundos,
coração acelera,
sem fevor,
mas arde,
prestes a explodir
no momento em que
pela boca sair.
Mais frações de segundos
de tempo/ espaço
e os dedos, trêmulos,
buscam afobadamente
algo: arma,
corpo,
calor
a se desgastar.
Nó na garganta,
olhos arregalados,
e a saliva difícil
de ser engolida.
Testa a suar....
Vinte e dois anos
e o tempo não passa.
A angústia por dias
melhores, em vão.
Alma estraçalha,
é humilhada,
aprisionada
em próprio devaneio.
Veias expostas
denunciam
caos privados
em dores públicas.
O que faz agora?
C.L. :
"Agora são tempos
de morango."

Angela K. Toth

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